terça-feira, 2 de outubro de 2012

Existirmos, a que será que se destina?: O legado do "anjo torto" Torquato Neto, por Paulo Marques

-->

"Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela (…). Quem não se arrisca não pode berrar."(Torquato Neto)


Neste ano de lançamentos de documentários sobre a Tropicália e filmes como  "Na estrada" , baseado na obra cult do Beat Jack Kerouac, o tema da "contracultura" volta a pauta, o que nos permite resgatar um período que parece ter  ficado no passado( a juventude atual que o diga) e  discutir o que significou a contracultura, como um movimento político-cultural que não só marcou uma época como deixou um legado que merece ser discutido/pensado pela geração de hoje.

Nesse sentido, que resgataremos neste post  a história e o legado de um dos maiores ícones daquele período de emergência da contracultura  no Brasil: o poeta piauiense Torquato Neto, que foi  um dos mais atuantes produtores da poesia e da cultura chamada "marginal" dos anos 70. No mês de novembro deste ano completará 40 anos de seu precoce falecimento.
 
 
"Um artista que viveu pouco, mas viveu intensamente...



Alguns estudiosos desse período apontam Torquato Neto como um dos mais representativos representantes das várias tendências da época, por muitos considerado o verdadeiro fundador deste estilo vanguardista da contracultura.

Torquato Neto teve uma morte trágica, suicidou-se aos 28 anos de idade no dia de seu aniversário em novembro de 1972. Ha 40 anos morria o "Anjo Torto do tropicalismo" o "poeta maldito" "agitador da contracultur". Ele não foi somente um grande ícone dos anos 60, mas sobretudo um dos cabeças do movimento tropicalista.

Como bem definiu o escritor José Castello "Com uma  vida  breve, mas fecunda,  Torquato Neto é uma síntese da grandeza, mas também dos abismos que definem a cultura alternativa e rebelde dos anos 60 e 70 (...)  A sua rebeldia figurava também em sua aparência. Seus cabelos compridos e roupas ao estilo hippie o configurava como um homem que recusava o mundo que vivia. “Ele tinha a vontade de destruir o mundo para, nesse mesmo gesto, fazer o parto de um novo”, acrescenta Castello.

 


Documentário curta metragem sobre Torquato Neto, realizado em 2010

Torquato Neto era filho de um defensor público (Heli da Rocha Nunes) e de uma professora primária de Teresina (Maria Salomé Nunes). Mudou-se para Salvador aos 16 anos para os estudos secundários, onde foi contemporâneo de Gilberto Gil no Colégio Nossa Senhora da Vitória e trabalhou como assistente no filme Barravento de Glauber Rocha.
Torquato envolveu-se ativamente na cena cultural da capital baiana, onde conheceu, além de Gil,Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethania. Em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo na universidade, mas nunca chegou a se formar. Trabalhou para diversos veículos da imprensa carioca, com colunas sobre cultura no Correio da Manhã,Jornal dos Esportes e Última Hora.

Torquato, Caetano e Capinam


Torquato atuava como um agente cultural e polemista defensor das manifestações artísticas de vanguarda, como a Tropicália, o Cinema Marginal e a Poesia Concreta, circulando no meio cultural efervescente da época, ao lado de amigos como os poetas Décio Pignatari,Augusto e Haroldo de Campos, o cineasta Ivan Cardoso e o artista plástico Hélio Oiticica. Nesta época, Torquato passou a ser visto como um dos participantes do Tropicalismo, tendo escrito o breviário "Tropicalismo para principiantes", onde defendeu a necessidade de criar um "pop" genuinamente brasileiro:
 "Assumir completamente tudo que a vida dos trópicos pode dar, sem preconceitos de ordem estética, sem cogitar de cafonice ou mau gosto, apenas vivendo a tropicalidade e o novo universo que ela encerra, ainda desconhecido". Torquato também foi um importante letrista de canções icônicas do movimento tropicalista.

 Foto da histórica passeata dos 100 mil realizada no Rio de Janeiro em junho de 1968 que reuniu vários artistas e intelectuais em protesto contra a ditadura( em dezembro do mesmo ano o regime se fecharia ainda mais com a decretação do AI-5). No primeiro plano, aparece Torquato Neto e ao seu lado estão Gilberto Gil e Nana Caymmi.

No final da década de 1960, com o AI-5 e o exílio dos amigos e parceiros Gil e Caetano, viajou pela Europa e Estados Unidos com a mulher Ana Maria e morou em Londres por um breve período. De volta ao Brasil, no início dos anos 70, Torquato começou a se isolar, sentindo-se alienado tanto pelo regime militar quanto pela "patrulha ideológica" da esquerda ortodoxa. Passou por uma série de internações para tratar do alcoolismo, e rompeu diversas amizades. Em julho de 1971, escreveu a Hélio Oiticica:
 "O chato, Hélio, aqui, é que ninguém mais tem opinião sobre coisa alguma. Todo mundo virou uma espécie de Capinam (esse é o único de quem eu não gosto mesmo: é muito burro e mesquinho), e o que eu chamo de conformismo geral é isso mesmo, a burrice, a queimação de fumo o dia inteiro, como se isso fosse curtição, aqui é escapismo, vanguardismo de Capinam que é o geral, enfim, poesia sem poesia, papo furado, ninguém está em jogo, uma droga. Tudo parado, odeio."


O "Blogueiro dos anos 70" 
 
Poderíamos dizer que Torquato Neto foi uma espécie de "blogueiro dos anos 70". Escrevia a coluna “Geléia Geral” no jornal Última Hora, onde cobria a vida cultural brasileira (especialmente do Rio), com foco na música, no cinema e num pouco de literatura. Todos que liam sua coluna podiam acompanhar dia após dia, na sua “Geléia Geral”, a história da música brasileira (e mundial) nos ricos anos 71 e 72. Torquato, saudosista, reclamava que a MPB estava muito parada. Para quem lê essa definição da música brasileira hoje parece uma ironia. Eram os anos de “Fa-Tal” de Gal Costa (Com “Vapor Barato” e “Pérola Negra”), “Transa” o (disco em inglês) cult do Caetano, “Construção” do Chico Buarque (com a faixa título mais “Cotidiano”, “Deus lhe pague”, “Valsinha” e meia dúzia de clássicos) e o discão do rei Roberto Carlos que trazia “Detalhes”, “Debaixo dos Caracói dos seus cabelos” e “Como dois e dois”. Lá fora, John Lennon estava de música nova: Imagine. E Torquato avisava seus leitores para se ligar em uma banda inglesa que estava amadurecendo bem: o Pink Floyd (Ainda dois anos distante de lançar seu mega-sucesso “The Dark Side of the Moon”). E os Novos Baianos começavam a se tornar íntimos de João Gilberto(influência que daria origem ao clássico “Acabou Chorare”).
Comparando com o que temos hoje na "cena cultural" brasileira é possível dimensionar o tamanho do "deserto criativo" que estamos atravessando....

No cinema, Torquato era do time dos “undigrudis”: Ivan Cardoso,Rogério Sganzerla e, claro, Zé do Caixão. Descia a lenha no cinema novo, de Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, que passaram a ser patrocinados por recursos federais(lembrem-se que viviamos o ínicio da longa noite de 25 anos de ditadura militar). Só poupava Glauber Rocha das críticas. E se empolgava com a tecnologia das câmeras Super 8. Torquato, um visionário, 40 anos antes de Youtube e das filmadoras digitais já  previa: todo mundo vai ser cineasta.

 Torquato Neto como o "Nosferatu brasileiro"


Sobre o legado da vida e a obra de Torquato Neto destacamos o livro “Os últimos dias de paupéria” (organizado por Wally Salomão e Ana Maria Silva de Araújo Duarte) que foi publicado postumamente. Torquato estava preparando um livro (que devia chamar-se “Do lado de dentro”) quando se suicidou com gás de cozinha no dia do seu aniversário de 28 anos. Morreu sem publicar nenhum livro em vida. Deixou suas crônicas musicais, suas letras (“Geléia Geral” e “Louvação” com Gil, mais uma dezena com Caetano, Jards Macalé, Edu Lobo e a parceria póstuma de “Go Back” com os Titãs), algumas cartas (numa das quais conta como fumou haxixe com JIMI HENDRIX) e poesias – era poeta tropicalista, amigos dos concretistas e admirador da poesia marginal de Chacal, então estreante.  Sua empolgação com música-cinema-literatura não o segurou na vida, deprimido com a falta de liberdade da ditadura e a falta de bom gosto da esquerda. Nasceu no tempo errado.
Torquato se matou um dia depois de seu 28º aniversário, em 1972. Depois de voltar de uma festa, trancou-se no banheiro e abriu o gás. Sua mulher dormia em outro aposento da casa. O escritor foi encontrado na manhã seguinte pela empregada da família.
Sua nota suicida dizia:

"Tenho saudade, como os cariocas, do dia em que sentia e achava que era dia de cego. De modo que fico sossegado por aqui mesmo, enquanto durar. Pra mim, chega! Não sacudam demais o Thiago, que ele pode acordar". Thiago era o filho de dois anos de idade.

Na época da morte de Torquato, Caetano que era seu grande amigo e admirador, encontrava se ensaiando com Chico Buarque o disco, que seria um marco da música chamado Chico e Caetano ao vivo no teatro Castro Alves. Caetano dissera após a morte, que na época da tragédia não conseguiu entender direito por estar muito concentrado no evento ( não entendeu de fato a perda) e que, inclusive, Chcio teria sentido muito mais no momento.

Passado algum tempo, Caetano passa em turnê por Teresina. O pai de Torquato Neto, sabendo da sua grande amizade que seu filho tinha com Caetano resolveu ir visitar o artista no hotel e os dois rumaram para a casa do Pai de torquato. Ao chegar na casa, Caetano entrou em prantos e afirmou que, naquele momento, teria entendido a perda do amigo.

O Pai de Torquato não falava nada, enquanto Caetano chorava e via algumas fotos antigas. Então, ele como cortesia serviu uma Cajuína, bebida típica e deliciosa da cidade de Teresina, e trouxe do seu quintal um pé de Rosa Pequena para Caetano.

Ao voltar ao hotel, Caetano havia composto uma linda homenagem ao seu grande amigo. Amúsica "Cajuína" não é somente uma música, ela é uma poesia-homenagem , uma cancão de despedida e à Torquato Neto. Essa história Caetano contou em um programa de TV.

"Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
"


Lembrar de Torquato é também uma justa homenagem a este agitador da contracultura, "louco visionário", que é parte de uma geração de  "gênios malditos" como Raul Seixas, Tom Zé, Jards Macalé, Luiz Melodia e Sérgio Sampaio.
Da amizade de Sérgio Sampaio e Torquato Neto  que foi composta  uma das belas canções de Sampaio; a música  "Que Loucura", gravada no seu segundo LP "Tem que acontecer" de 1976 é uma homenagem a Torquato
No livro biografia de Sérgio Sampaio " Eu quero é botar o meu bloco na rua" , Rodrigo Moreira conta a origem da música :
" (...) O legendário "anjo torto" costumava relatar a Sérgio seus entra-e-sai de manicômios, quando fazia amizade com diretores, médicos e pacientes. Retornando sempre que desejava, Torquato encontrava seu quarto "reservado", com máquina de escrever e tudo o mais à sua disposição. Inspirado nas histórias, Sampaio compôs uma canção, gravada somente quatro anos depois, em homenagem a esse quixotesco personagem, que reverenciava. Na verdade, Torquato havia lhe entregado certa vez uma letra, dizendo: "Fiz um negócio pra você musicar". Sérgio leu e respondeu: "Pô, mas isso aqui não dá música". Torquato então lhe disse: "Faça assim mesmo, só pra nós dois(...)"(Moreira, 2003, p.76)

Que Loucura ( Sérgio Sampaio)

Fui internado ontem
Na cabine cento e três
Do hospício do Engenho de Dentro
Só comigo tinham dez
Estou doente do peito
Eu tô doente do coração
A minha cama já virou leito
Disseram que eu perdi a razão
Tô maluco da idéia
Guiando carro na contramão
Saí do palco e fui pra platéia
Saí da sala e fui pro porão...


Neste video Sérgio conta essa história sobre "Que loucura"


Os poemas-musicados de Torquato são cantados até hoje, vale lembrar a gravação pelos Titãs de Go Back , grande sucesso do grupo que deu título ao primeiro álbum ao vivo da banda. A poesia concreta de Torquato é uma das influências do cantor e compositor Arnaldo Antunes.


Go Back ( Torquato Neto )
Você me chama
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente
A madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
Se passou, passou
Daqui pra melhor
Foi!
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder...(2x)
Você me chama
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente
A madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
Se passou, passou
Daqui pra melhor
Foi!
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder...(2x)
-"Não é o meu país
É uma sombra que pende
Concreta
Do meu nariz em linha reta

Não é minha cidade
É um sistema que invento
Me transforma
E que acrescento
À minha idade
Nem é o nosso amor
É a memória que suja
A história que enferruja
O que passou
Não é você
Nem sou mais eu
Adeus meu bem
Adeus! Adeus!
Você mudou, mudei também
Adeus amor! Adeus!
E vem!"
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder...(2x)

Letrista de grandes sucessos com vários parceiros Torquato foi autor de sucessos como "Pra dizer adeus" com Edu Lobo e gravado por Maria Bethania, " Geléia Geral", "Louvação" e "Marginália II" "Soy Loco por ti América" ( Homenagem à Che Guevara que havia sido assasinado naquele ano de 1967) com Gil e gravada por ele.


 Marginália II (Torquato Neto)

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti

Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá

A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
Até pra dar e vender
Olelê, lalá

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo



Em 1992, outro grande amigo de Torquato Neto, o cineasta Ivan Cardoso, produziu e apresentou um programa especial sobre o poeta no programa Documento Especial. Postamos aqui este programa histórico com diversos depoimentos dos amigos e admiradores deste grande poeta maldito.



 Torquato Neto por ele mesmo em sua poesia Cogito:

Cogito 

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível


eu sou como eu sou

agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora


eu sou como eu sou

presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim


eu sou como eu sou

vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.



Jards Macalé e o ator Paulo José em homenagem à Torquato Neto




A obra de Torquato Neto
Composições
* A coisa mais linda que existe (com Gilberto Gil)
* A rua (com Gilberto Gil)
* Ai de mim, Copacabana (com Caetano Veloso)
* Andarandei (com Renato Piau)
* Cantiga (com Gilberto Gil)
* Capitão Lampião (com Caetano Veloso)
* Coisa mais linda que existe (com Gilberto Gil)
* Começar pelo recomeço (com Luiz Melodia)
* Daqui pra lá, de lá pra cá
* Dente por dente (com Jards Macalé)
* Destino (com Jards Macalé)
* Deus vos salve a casa santa (com Caetano Veloso)
* Domingou (com Gilberto Gil)
* Fique sabendo (com João Bosco e Chico Enói)
* Geléia geral (com Gilberto Gil)
* Go back (com Sérgio Britto, dos Titãs)
* Juliana (com Caetano Veloso)
* Let’s play that (com Jards Macalé)
* Lost in the paradise (com Caetano Veloso)
* Louvação (com Gilberto Gil)
* Lua nova (com Edu Lobo)
* Mamãe coragem (com Caetano Veloso)
* Marginália II (com Gilberto Gil)
* Meu choro pra você (com Gilberto Gil)
* Minha Senhora (com Gilberto Gil)
* Nenhuma dor (com Caetano Veloso)
* O bem, o mal (com Sérgio Britto, Titãs)
* O homem que deve morrer (com Nonato Buzar)
* O nome do mistério (com Geraldo Azevedo)
* Pra dizer adeus (com Edu Lobo)
* Quase adeus (com Nonato Buzar e Carlos Monteiro de Sousa)
* Que película (com Nonato Buzar)
* Que tal (com Luís Melodia)
* Rancho da boa-vinda (com Gilberto Gil)
* Rancho da rosa encarnada (com Gilberto Gil e Geraldo Vandré)
* Todo dia é dia D (com Carlos Pinto)
* Três da madrugada (com Carlos Pinto)
* Tudo muito azul (com Roberto Menescal)
* Um dia desses eu me caso com você (com Paulo Diniz)
* Veleiro (com [[Edu Lobo)
* Vem menina (com Gilberto Gil)
* Venho de longe (com Gilberto Gil)
* Vento de maio (com Gilberto Gil)
* Zabelê (com Gilberto Gil)
Discografia
* Tropicália ou panis et circensis (1968) – Philips LP
* Os últimos dias de Paupéria (1973) – Eldorado Editora Compacto simples
* Torquato Neto – Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia (1985) – RioArte/Prefeitura do Rio de Janeiro e Governo do Estado do Piauí LP
* Todo dia é dia D (2002) – Dubas Música CD
Bibliografia
Torquato Neto. Os Últimos Dias de Paupéria. (Org. Ana Maria Silva Duarte e Waly Salomão), Rio de Janeiro: Max Limonad, 1984.
Torquato Neto. Torquatália – do Lado de Dentro: Obra Reunida de Torquato Neto (vol. 1). (Org. Paulo Roberto Pires). Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2005.
Torquato Neto. Torquatália – Geléia Geral: Obra Reunida de Torquato Neto (vol. 2). (Org. Paulo Roberto Pires). Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2005.
 Pra mim Chega - A Biografia de Torquato Neto de Toninho Vaz, que também já biografou o poeta Paulo Leminski.
Filmografia
Como ator
* Nosferatu, de Ivan Cardoso. Como protagonista, “Vampiro” (1970).
Referências
* Torquato Neto. – Verbete sobre o escritor no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
* Toninho Vaz. Pra Mim Chega: a Biografia de Torquato. São Paulo: Casa Amarela, 2005.
* Paulo Henriques Brito. Torquato Neto. Centro de Cultura Alternativa/ Rio Arte / Projeto Torquato Neto/ Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo do Piauí, 1985.
Encerramos  nossa homenagem com uma das mais belas poesias-canções de Torquato Neto, interpretada com maestria por Gilberto Gil:  Todo dia é dia D  

Nenhum comentário:

Postar um comentário