Fágner, Maria Alcina e Belchior no VII Festival Internacional da Canção de 1972
"Aqui os mortos são bons,
pois não atrapalham em nada;
pois não comem o pão dos vivos,
nem ocupam lugar na estrada...
...E não acontece nada, absolutamente nada...
Um grande clássico do menestrel Belchior, gravado com Fagner em 1979
"Aqui os mortos são bons,
pois não atrapalham em nada;
pois não comem o pão dos vivos,
nem ocupam lugar na estrada...
...E não acontece nada, absolutamente nada...
Um grande clássico do menestrel Belchior, gravado com Fagner em 1979
Aguapé ( Belchior)
"Caminheiro que passas pela estrada,
seguindo pelo rumo do sertão
quando vires a cruz abandonada,
deIxa-a em paz dormir na solidão".
"Que vale o ramo do alecrim cheiroso
que lhe atiras nos seio ao passar?
Pra espantar o bando buliçoso
das borboletas, que, lá vão pousar.
Esta casa não tem lá fora;
a casa não tem lá dentro
seis cadeiras de madeiras,
uma sala, a mesa ao centro.
Rio aberto, barco solto,
pau-d'arco florindo à porta,
sob o qual, ainda há pouco,
eu enterrei a filha morta.
sob o qual, ainda há pouco,
eu enterrei a filha morta.
Aqui os mortos são bons,
pois não atrapalham em nada;
pois não comem o pão dos vivos,
nem ocupam lugar na estrada...
"pois não comem o pão dos vivos,
nem ocupam lugar na estrada.
Nada,
Nada, nada.
Nada, nada, nada.
Aqui não acontece nada, não.
Nada.
Nada, nada, nada.
Absolutamente nada....
E o aguapé, lá na lagoa,
sobre a água nada
e deixa a borda da canoa
perfumada.
É a chaminé à toa
de uma fábrica montada
sob a água, que fabrica
este ar puro da alvorada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário